De volta ao passado! Conheça um dos Decks mais poderosos da história do jogo!
Sem dúvida, hoje, Yu-Gi-Oh! é um jogo muito conhecido mundialmente, e bastante diversificado. Atualmente, existem milhares de Arquétipos, cada um com sua mecânica, história e poder, além disso, o jogo evoluiu muito e cativou ainda mais fãs, principalmente o público jovem e infantil. E é por conta disso, que hoje eu resolvi voltar no passado, e falar de um Deck que existiu nos primórdios do jogo, lá entre 2003 e 2004, quando muitos não eram nascidos ou ainda eram pequenas crianças, e foi o primeiro Deck tier 0 do jogo: Yata-Lock. Senta na cadeira, come sua pipoca, e vem ler um pouco mais sobre essa história.
Que o jogo das trevas comece

No dia 1º de Março de 2004, na coleção Invasion of Chaos, uma aberração chegava ao jogo: o lendário, temido e atualmente banido Chaos Emperor Dragon - Envoy of the End. Um poderoso dragão, com 3000 de ATK, que era facilmente Invocado por Invocação-Especial, apenas ao custo de banir 1 monstro de LUZ e 1 de TREVAS do Cemitério. Mas a sua característica marcante não parava por aí. Pelo seu efeito, ao simples custo de 1000 LP, você poderia enviar as cartas do campo e da mão de ambos os jogadores para o Cemitério, e infligir 300 de dano para cada carta enviada. Um efeito, que ainda hoje seria muito forte, imagine só em 2004, quando o jogo ainda estava engatinhando.

Embora fosse uma das principais peças desse combo, o Dragão do Caos não é o único. Desde meados de 2002, uma carta bastante comum na época era a Painful Choice. Uma Spell Card que tem um efeito bastante poderoso, até pros padrões atuais. Simplesmente, você pode escolher 5 cartas quaisquer do seu Deck e mostrar para o seu oponente, então ele vai escolher 1 delas e adicionar para a sua mão, e as outras são enviadas para o Cemitério (imagina Burning Abyss com isso). E aí estava o segredo: para o combo ser feito, você precisava escolher pelo menos 2 monstros de LUZ qualquer no Deck, de preferência a Magician of Faith, que por incrível que pareça, era Staple na época, além disso, você precisava escolher 1 Sangan e 1 Witch of the Black Forest (sem as erratas), e 1 Dark Magician of Chaos (com todas elas a 3 na época, era muito fácil ter recursos).
O monstro que renasce!

Numa situação como a descrita acima, provavelmente seu oponente escolheria o Mago Negro do Caos, já que seria o "pior" entre todas as cartas reveladas (na época não era tão fácil Invocá-lo também), e com isso, enviaria o restante das cartas para o Cemitério. Só que é aqui que entrava em cena uma outra carta, também bastante conhecida, e também banida, o famoso e poderoso Monster Reborn. Com seu efeito, você escolhia um monstro em QUALQUER cemitério, e Invocava ele no seu campo, e, nessa situação, você teria 2 monstros obrigatórios como alvo: Sangan e Witch of the Black Forest, pois, qualquer uma delas, teria a mesma função.
O - 200 pior que Trickstar

Depois de Invocar qualquer um desses monstros, era hora de trazer o poderoso Dragão do Caos para o campo. No seu Cemitério, você teria pelo menos 2 monstros de LUZ e 1 de TREVAS, e poderia cumprir a condição de Invocação do Chaos Emperor Dragon. Depois de Invocá-lo, era hora de ativar seu efeito e enviar tudo do campo para o cemitério (inclusive ele mesmo). Ao custo de 1000 LP, você deixava seu oponente sem recursos, e causava um dano de pelo menos 600. Depois disso, o efeito da Witch of the Black Forest seria ativado no seu Cemitério, te permitindo adicionar 1 monstro com 1500 ou menos de DEF do Deck para á mão, que nesse caso seria, o mais recém lançado Yata-Garasu. Com o campo de todos vazio, e só com 1 carta na sua mão, você deveria agora Invocá-lo por Invocação-Normal (já que você não fez isso ainda no turno). Depois disso, você só precisava atacar (por isso deveria ser o segundo a começar). O Yata-Garasu tem um efeito que o faz voltar para a mão do dono no turno em que foi Invocado, porém, se ele causa dano ao oponente, ele pula a Draw Phase dele. Numa época do jogo onde efeitos de Grave eram praticamente inexistentes, seu oponente não poderia fazer nada para negar o seu ataque, e ficaria sem cartas na mão e sem poder comprar, sendo forçado a terminar o turno, e então seu turno começava, e você fazia a mesma coisa que antes: Invocar e atacar, e continuava assim, até terminar com os LP do seu oponente, de 200 em 200, ou até ele desistir, e no fim das contas, só precisou de 2 cartas para gerar todo esse combo.
O inimigo de todos: Banlist

Assim como todos os Decks que aparecem nessa série, esse também tem uma triste história e um histórico legado. O Deck continuou seu caminho de vitórias, até Agosto de 2004, quando a Banlist matou de vez o Deck. As cartas que foram banidas naquela época foram: Sangan, Witch of the Black Forest, Chaos Emperor Dragon - Envoy of the End, Yata-Garasu e Monster Reborn, além de limitar (e na outra lista banir) a Painful Choice. Ou seja, basicamente todos as cartas do combo foram banidas (algumas até os dias de hoje), e ele foi declarado morto no dia 25 de Agosto de 2005, quando a Banlist passou a ser efetiva. Hoje ele só vive na memória de quem jogou naquela época, e nos registros históricos do jogo.
Bom pessoas, por hoje é só! Espero que tenham gostado, demorei um tempo pra trazer outro post dessa série de volta, mas é porque eu estava pesquisando e falando com alguns players daquela época para ter um melhor conhecimento. Deixem seus comentários, e me sugiram temas para o próximo post dessa série. Agora eu me despeço de vocês, e até a próxima!
Muito interessante essa série, já ouvi muito falar nesse combo mas não sabia como funcionava
ResponderExcluirHaha nessa epoca eu tive esse deck,me lembro que comprei um yata garasu japones comum pq o americano era quase cem reias, tive que vender meu game boy advanced pra conseguir ter delinquent duo e painful choice americanos e outras cartas pra esse deck.
ResponderExcluirera muito overpower e realmente merecia ser banido...mas mesmo assim ainda era melhor do que é hj em dia,com carta sendo banida e voltando toda hora fora outras coisas..nao conheço uma empresa que desrespeitou tanto os fãs como a konami